domingo, 28 de setembro de 2008

5º Esconderijo - Glasvegas - Glasvegas


Descobertos pelo "guru" da britpop Alan McGee, esta é nova banda querida dos britãnicos. As letras das suas músicas descrevem situações do dia-a-dia (algo que neste momento ninguém faz tão bem como Alex Turner dos Arctic Monkeys), o que hoje em dia é meio caminho andado para caírem nas boas graças das rádios daquela ilha e no coração da classe trabalhadora.

São escoceses, de Glasgow (Glasgow...Glas...Glasvegas) e têm um bom disco. É um disco muito british, sendo evidente a presença de elementos musicais semelheantes a The Smiths, Suede e The Jesus and Mary Chain com um toque de requinte de rockabilly dos anos 50 e 60.

Mas qual a razão porque falo neles quando apenas gosto relativamente do seu álbum? Porque é necessário distinguir o hype do resto... Apesar de serem uma banda talentosa aproveitaram-se da actual situação inglesa para sobressaírem. É que é preciso ter um sentido de oportunidade muito "sui generis" para lançar um single "I'm Gonna Get Stabbed" numa altura em que esses crimes têm sido muito salientados pelos noticiários ingleses, visto ser um crime muito comum entre os adolescentes naquele país.

São de Glasgow... de Glasgow podem também ouvir The Jesus and Mary Chain, Franz Ferdinand, Mogwai, Primal Scream, Shitdisco e Teenage Fanclub... e com excepção dos Franz Ferdinand, nenhuma destas bandas teve a "sorte" de serem tão publicitados logo com o seu álbum de estreia da mesma forma que os Glasvegas.


Tirem as dúvidas com "Daddy's Gone"




e a melhor música do disco "Geraldine" (a "Go Square Go" também está empatada nessa posição)




A ouvir do disco: "Go Square Go", "Geraldine", "I'm Gonna Get Stabbed"

Género: Rock


Myspace

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

4º Esconderijo - Friendly Fires - Friendly Fires


O ano de 2008 é marcado pela estreia do álbum homónimo dos Friendly Fires, uma banda inglesa de St. Albans. Após dois em Ep's em 2006 e 2007, esta banda assinou um contrato com uma das maiores labels indie, a XL Recordings, à qual também pertencem os White Stripes e Badly Drawn Boy por exemplo.

Este álbum tem sido alvo dos maiores elogios, estando cotado como um dos melhores do ano de 2008. Os Friendly Fires apresentam uma sonoridade baseada na mistura da pop com um som bastante grave, ao bom estilo da música house e uma bateria com um ritmo circular, muito ao estilo dos lançamentos da label Kompakt. Para quem não sabe que música é esta da Kompakt, só tem que se dirigir ao Artes em Partes no Porto porque está sempre a tocar os últimos lançamentos. (label esta que irei abordar em breve)



O tema que lhes garantiu a legião de fãs foi este... "Paris"



E o tema que me garantiu como mais um fã foi "Jump In The Pool"



A ouvir do disco: "Jump in the Pool"; "Paris"; "White Diamonds" e "Skeleton Boy"

Género: Techno-Pop (existirá este género?)


Myspace

terça-feira, 16 de setembro de 2008

3º Esconderijo - Late Of The Pier - Fantasy Black Channel


De uma forma bastante simples...Não fossem os Cut/Copy surgir em 2008 e eu diria com toda a certeza que estávamos perante a melhor banda do ano. Os Late of the Pier formaram-se em 2004, quando os seus membros ainda teriam 16/17 anos na cidade de Castle Donington, alguns anos antes da falada new-rave, (que trata-se apenas de pop com sirenes mas isso é outra conversa)

A música desta banda é muito difícil de definir, uns chamariam new-rave, outros electro-rock e há quem lhe chame electro-indie... eu defino como um conjunto de estilos que acabaria por chamar indie-dance... simplesmente porque é impossível não bater o pézinho enquanto se houvem as suas músicas. Ao escutar Late of The Pier percebe-se a influência de Brian Eno, David Byrne, Frank Zappa e Gary Numan... é o que dizem. Eu ao escutá-los ouço Queen a ter umas alucinações de LSD juntamente com New Order e Depeche Mode. Opiniões bastante opostas que só demontram a feliz dificuldade de os catalogar. Pertencem à melhor editora do mundo, Parlophone, o que não é condizente com a sua imagem indie. Mas da maneira como isto anda, uma banda passa de indie a comercial mais rápido do que um estalar de dedos...

O disco deles já saiu e chama-se Fantasy Black Channel e é só procurar pelo youtube os seus vários singles para se ter uma amostra de como é o disco.

Ah... e os seus videoclips são do mais fantástico e mais bem feito que já vi até hoje...

Aqui fica uma mais dançável e chama-se "Heartbeat"



E aqui fica uma mais do róque e chama-se "Bathroom Gurgle"




A ouvir do disco: "Focker"; "Space and the Woods"; "Heartbeat"; "Bathroom Gurgle"

Género: Indie-dance


Myspace

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

2º Esconderijo - Benni Hemm Hemm - Benni Hemm Hemm


Não... não cometi um erro ao dar um título a este esconderijo. O nome da banda é mesmo Benni Hemm Hemm e o seu disco de estreia tem o mesmo nome... A música desta banda islandesa é bem mais simples do que pronunciar o seu nome, o que apenas pode ser um bom prenúncio.

Resumidamente (como serão todas as informações que darei, visto a descoberta ter que ser feita por nós próprios) esta banda lança este disco decorria o ano de 2006, ou seja, dois anos após o disco de estreia de Arcade Fire... E os Arcade Fire aparecem visto serem evidentes algumas sonoridades semelhantes que pasam pelo uso de trompete e flügelhorn, para além dos evidentes coros. Escutar a música Beygia Og Beygia e Doomed The Damned sem nos lembrar-mos dos canadianos é impossível.

Obviamente que não estamos a falar de uma "cópia". Esta banda tem uma identidade. Eles são uma banda pop. De uma forma ingénua, entrando em comparações, descreveria Benni Hemm Hemm como "uns Arcade Fire ou uns Architecture in Helsinki para ouvir no Verão, nos momentos felizes antes do pôr-do-sol"

Por se acharem uma banda pop, a música escolhida para se mostrarem foi "I Can Love You in a Wheelchair Baby", vídeo este que obteve algum sucesso em certos circuitos.





- A ouvir do disco: "I Can Love You in a Wheelchair Baby", "Doomed The Damned", "Summarn"

- Género: "Indie Pop"

Myspace

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

1º Esconderijo - Jeremy Jay - A Place Where We Could Go


Jeremy Jay é um jovem californiano que pensa que vive nos anos 50... E ainda bem.

Após dois EP's, Dreamwalker e Airwalker, sem editora, a música de Jeremy chegou aos ouvidos da K Records, que tanto aposta na nova música folk americana, a qual ainda tem Ryan Adams como expoente máximo tanto a nível comercial como qualitativo.

Na primavera de 2008 é lançado o seu primeiro álbum, A Place Where We Could Go, que tem recebido boas e más críticas de revistas especializadas com uma proporção semelhante.

Deixo-vos com a música escolhida (por ele ou pela editora) para servir de amostra ao disco, mas que na minha opinião não se encontra nas cinco melhores do disco. Aqui está Someone Cares



- A ouvir do disco: "heavenly creatures"; "a place where we could go"; "beautiful rebel"

- Género: "Indie Folk"


Myspace

Post Inaugural

Com o primeiro post quero explicar algumas coisas...

A primeira é que este blog é feito por mim e para mim. É uma ocupação como outra qualquer que apenas permite que o seu autor "descarregue" em algum lado o pouco que conhece sobre o tema que já irei referir. Quem quiser visitar está autorizado.

A segunda é que este blog centra-se unicamente na sucessão de sons e silêncio a que alguns chamam música.

A terceira é que este blog pretende mostrar boa música. Só têm que confiar em mim (rir agora!).

A quarta é que vão ouvir música que não está ao alcance das pessoas apenas atentas às nossas rádios, aos novos toques de telemóvel ou atentas ao vizinho idiota que houve o dia todo o disco da sua claque de futebol favorita.

A quinta é que ainda não decidi a frequência com que o blog será actualizado. Mas terá uma relação directa com a frequência de insónias.

Desejo que aproveitem tanto este blog quanto eu apesar de adivinhar o número de visitas que terei.

Cumprimentos