quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

11º Esconderijo - B Fachada (2009)


É complicado descrever B Facahada... Basicamente representa-se por um único elemento de nome Bernardo e teve algum sucesso "underground" (existirá esse fenómeno no nosso Portugal?) com o viciante e estranho tema "Zé!"...

Após a gravação de vários Ep's, sendo o mais famoso o Ep "Um Fim-de-Semana no Pónei Dourado", é finalmente lançado o seu primeiro longa-duração homónimo através da editora Amor Fúria.

Este disco, em comparação com lançamentos anteriores, parece-me mais uniforme musicalmente, tendo B Fachada definido uma única direcção musical, ao contrário dos Ep's que "disparavam" em vários sentidos. Em termos líricos, este disco fala unicamente (e já é muito) sobre Amor e Amizade, o lado bom e o lado mau, fala da solidão... Diria que é um disco de só um homem feito para o Homem só.

A voz não é um ponto forte, mas a intensidade da interpretação (interessante, pouco ortodoxa) e a qualidade das letra sobrepoêm-se.

A música "Cantiga de Amigo" é uma das minhas favoritas deste ano...

Dois vídeos para tomar gosto...


"Só te falta seres mulher"


"Cantiga de Amigo" - (fenomenal)



A ouvir do Disco: "Cantiga de Amigo"; "Tempo para Cantar"; "Estar a Espera ou Procurar"

Myspace

segunda-feira, 1 de junho de 2009

9º Esconderijo - Datarock - Red



Antes de mais as desculpas pela falta de actualização... provocada pela falta de tempo, vontade e acima de tudo, discos que me tenham supreendido...

Felizmente chegou-me aos ouvidos esta semana um disco de nome "Red", dos já conhecidos Datarock. Antes de mais as apresentações. Os Datarock são um duo de noruegueses (já foram 4), e misturam música de dança, com um pouco de rock e disco dos loucos anos 70... Até este disco.

"Red" pôe de parte a parte disco e torna-se num fantástico álbum de rock de bater o pézinho, ligeiramente mais "pesado" que o seu predecessor de 2005. O que perdeu em alegria comparando com o disco de estreia, ganhou em densidade e chega mesmo a ser um álbum com letras de revolta...

É um disco a não perder de vista para sair à noite e querer dançar sem ter que ser com música house ou tribal ou afins... A parte difícil será mesmo encontrar um local para isso sem ser no conforto de nossa casa ou atrás do volante do nosso carro...

Ficam duas sugestôes formato YouTube e divirtam-se acima de tudo... Cuidado... Perigo de dependência


Datarock - Give It Up


Datarock - True Stories



A ouvir do disco: True Stories; The Blog; Molly

Género: Indie Electronic

Myspace

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Telepathe - Dance Mother


Digam o que disserem, que a música antigamente é que era boa, nós estamos a viver um período muito fértil e criativo, contrastando com o final da década de 90. O final desta década está a ser grandioso.

Hoje toda a gente grava música. Difícil é separar o trigo do joio. Mas a descoberta é mais gratificante.

A mais recente foram os Telepathe

Aproveitando o revivalismo dos anos 80 (que eu muito aprecio e não me enjoa) e o sucesso recente dos Cut/Copy e MGMT por exemplo, surge o primeiro longa-duração do trio nova-iorquino Telepathe de nome Dance Mother.

O disco é produzido por Dave Sitek, um dos génios por detrás dos TV On The Radio (avé)

Podemos definir o som deles com sendo "música ambiente" de chill-out, misturado com pop dançável e beats caracter´sticos dos 80's. As letras são fantásticas, contrastando com a ideia (certa a maior parte das vezes) de que a pop é superficial.

Mas os Telepathe são mais uma banda a provar o contrário

É um disco que pode soar estranho de dia. É um disco perfeito de final de noite. Melhor, é "o" disco a ouvir no fim daquelas noites fantásticas vividas a 200 km/hora. É o disco que nos acalma sem nos adormecer e sem parar o corpo, o cérebro, a alma ou o espírito. É um som que nos lembra que estamos "cá" mas a cabeça pode estar "lá"... É uma "moca saudável" :D

Chamem-lhe música hipnótica como já li por aí. É uma definição que lhe assenta como uma luva.



Desfrutem (peço desculpa não existirem vídeos das melhores músicas e que não sejam ao vivo. É melhor escutarem no myspace deles)


Chrome's On It


Threads and Knives





A ouvir do disco: "Devil's Trident"; "So Fine"; "Triology"

Género: Electrónica


Myspace

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

domingo, 26 de outubro de 2008

7º Esconderijo - Patrick Wolf - Wind In The Wires


Patrick Wolf é um rapaz de 25 anos nascido em Londres, tendo já gravado 3 discos. O último, The Magic Position... não vamos falar dele apesar de também ser muito bom. Pessoalmente, considero "Wind In The Wires" a sua obra-prima.

Patrick Wolf é um verdadeiro homem dos sete instrumentos, mas é com o violino que demonstra todo o seu virtuosismo. Lembra-me Matt Bellamy (Muse) com o violino ao ombro. Mas enquanto a escrita de Matt centra-se nos problemas globais, no apocalipse e no armagedão, a escrita de Wolf fala dos problemas e fantasmas interiores.

E é sobre fantasmas interiores que fala este "Wind In The Wires" lançado em 2004. É um álbum incrivelmente denso, difícil de ouvir do ponto de vista que tem pormenores e arranjos que numa primeira audição passam despercebidos. É um "Alice no País das Maravilhas" passado num mundo alternativo, onde reinam as cores escuras como o negro, castanho, cinzento e o papel de Wolf é o da côr branca, o de farol, o da pessoa que mostra que vive com esses fantasmas. E eu fazendo o papel do gato nesse conto, escrevo uma mentira: "O álbum é péssimo"

Quem gosta de Andrew Bird, Devendra Banhart, Divine Comedy (que saudades destes), PJ Harvey e Nick Cave vai adorar.



Uma das músicas da minha vida "The Libertine"




A música que deu nome ao álbum "Wind In The Wires"





A ouvir do disco: "The Libertine", "Wind In The Wires", The Railway House" e "Teignmouth"

Género: Indie


Myspace

domingo, 12 de outubro de 2008

6º Esconderijo - Oasis - Dig Out Your Soul


Sim... são os mal-amados Oasis, que em Portugal são tão criticados. Não posso dizer que seja injustamente. Depois de dois álbuns fenomenais, Definitely Maybe de 1994 e (What's The Story) Morning Glory de 1995 a carreira desta mancunian band tem vindo a decrescer, mantendo apenas aquela base fiel de fãs de vários milhões, na qual eu me incluo.

E porque considero um "esconderijo" um disco de uma banda tão famosa? Simplesmente porque foram unanimemente considerados a melhor banda do mundo entre 94 e 97... E porque hoje em dia, por culpa de discos como Standing On The Shoulder of Giants e Heathen Chemistry, a discografia mais recente passa ao lado do grande público.

Passando ao mais recente Dig Out Your Soul... É na minha opinião o melhor disco dos Oasis... Apenas perde para o Definitely Maybe em misticismo e em lenda, mas isso pode ser apenas uma questão de tempo. Nunca se sabe.

Os Oasis neste disco são Old Rock (Bag It Up), Rock'n'Roll (The Turning), Britpop (The Shock of The Lightning), Lennonesque (I'm Outta Time), Psicadélicos (Falling Down), Mccartneyesque (To Be Where There's Life), Punk (Ain't Got Nothing)...

Peço desculpa pelas expressões referentes aos Beatles mas desconheço melhores palavras...

Este disco é um resumo da música rock desde os anos 60... Revejo Beatles, Doors, Rolling Stones, T-Rex, Sex Pistols e Kinks.

A voz de Liam Gallagher está óptima, espermos que ao vivo se mantenha.

As letras de Noel Gallagher voltaram melhores que nunca... estava farto das músicas dele sobre a vida em Londres e sobre Lyla's e isso.

Gem Archer e Andy Bell, após ver o documentário Golden, Silver & Sunshine, sentem-se finalmente como membros dos Oasis e influência deles junto de Liam tem sido muito boa.

Os Oasis usararam e abusaram de teclados e dos mais variados instrumentos, que em anos anteriores teriam ficado à porta do estúdio.

Vénia a Dave Sardy, fantástico produtor.

Oasis - Bag It Up




Oasis - The Turning



Oasis - I'm Outta Time





Façam um favor ao Rock'n'Roll e falem sobre este disco. Cada vez há menos bandas de guitarras.


Melhores Músicas: Ouçam todas menos "Nature Of Reality"

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